quinta-feira, 28 de maio de 2009

A Lenda de São Vicente



Era uma vez duas crianças, filhas de pastores, que tinham por tarefa diária levar uma vaquinha a pastar, enquanto seus pais desbravavam as matas densas e arroteavam as terras. As crianças, manhã cedo, com uma magra côdea de pão e fruta silvestre, guiavam a vaquinha para os lugares baixos e alagadiços, onde havia erva viçosa, nas margens da ribeira.
A fúria das ondas impedia a água da ribeira de chegar ao mar, colocando-lhe à frente um paredão de calhaus que a retinha numa enorme lagoa. Para grande surpresa das crianças, dentro da lagoa apareceu, de súbito, um barco que deslizava suavemente, trazendo à proa um jovem de tenra idade, de olhos azuis e cabelos loiros que, com um sorriso lhes acenou, convidando-os a partilhar tão divertida brincadeira.O povo da freguesia, que não era muito mas tinha grande fé, compareceu e, com picaretas, deu as primeiras pancadas no basalto rijo e duro que milagrosamente se abriu, apresentando uma enorme gruta onde, com orações e lágrimas, colocaram o Santo para sempre.
Dali, vigia e protege o povo da fúria das ondas do mar, das águas caudalosas da ribeira e dos ventos devastadores.



Capela de S. Vicente


A Capela de S. Vicente, na foz da ribeira de S. Vicente, foi construída em 1694, como um nicho num bloco de basalto, por Inácio de Sousa, auxiliado por esmolas de devotos. Conforme documentado, a ermida foi implantada no lugar onde se diz que o Santo apareceu.

Vida Quotidiana

Expressão da vida quotidiana do povo através da animação de ritos e costumes de trabalho e lazer, lendas, tradições e festas populares, o Folclore é a história viva de um povo. O conhecimento transmitido por imitação e via oral, preservado pela memória colectiva através das gerações é animado através da encenação, danças e canções levadas a cabo por agrupamentos populares.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Cigarrinho



•Nome vulgar: Cigarrinho.
•Nome científico: Sylvia conspicillata orbitalis (Wahlberg, 1854)
•Família: Sylviidae
•Distribuição e Habitat: Subespécie endémica da Macaronésia. Ocorre no arquipélago da Madeira, nas Ilhas do Porto Santo e da Madeira. Pode ser observada em zonas com pouca perturbação e com coberto arbustivo (urzes e giestas) denso. No Porto Santo ocorre ainda em zonas de pinhal novo.
•Descrição: De porte muito pequeno, possuindo cabeça cinzenta e garganta branca. Apresenta dimorfismo sexual. As fêmeas são de plumagem mais apagada e acastanhada que os machos.

Canário da Terra



•Nome vulgar: Canário da terra.
•Nome científico: Serinus canaria canaria (Linnaeus, 1758)
•Família: Fringillidae
•Distribuição e Habitat: Subespécie endémica da Macaronésia. Ocorre no arquipélago da Madeira, nas Ilhas do Porto Santo, Desertas e Madeira, ocupando variados tipos de habitastes, nomeadamente, zonas rurais agrícolas e zonas de vegetação rasteira.
•Descrição: De plumagem amarela no peito. Apresenta dimorfismo sexual. As fêmeas são mais discretas que os machos.

Bis-Bis



•Nome vulgar: Bis-Bis.
•Nome científico: Regulus ignicapillus madeirensis (Harcourt, 1851)
•Família: Sylviidae
•Distribuição e Habitat: Subespécie endémica do arquipélago da Madeira, ocorrendo regularmente, exclusivamente na Ilha da Madeira, onde ocupa uma variedade de habitastes, que vão desde a floresta indígena até à floresta exótica.
•Descrição: É a ave mais pequena da avifauna do arquipélago e possui um comportamento inquieta e de foram inconfundível.

Andorinha da serra



•Nome vulgar: Andorinha da serra.
•Nome científico: Apus unicolor (Jardine, 1830)
•Família: Apodidae
•Distribuição e Habitat: Espécie endémica da Macaronésia. Ocorre no arquipélago da Madeira, nidificando apenas nas Ilhas do Porto Santo e da Madeira. Pode ser observada numa variedade de habitastes.
•Descrição: Apresenta o corpo uniformemente escuro e um voo bastante rápido e característico.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

LICORES


Também existe toda uma grande variedade de licores tais como:
Licor de Aniz, Licor de Anona, Licor de Caroço de Nêspera, Licor de cerveja, Licor de Hortelã Pimenta, Licor de Maracujá, Licor de Pitanga, Licor de Mel de Cana, Licor de Ginja, Licor de Banana, entre muitos outros, apreciados especialmente na época natalícia, acompanhados de Bolo de Mel e Broas.

CIDRA


É uma bebida de fraca graduação alcoólica, fresca e de bom paladar que pode ser consumida no Verão.
É feita com sumo de Pêro “vime” esmagado em pisões de madeira. A sua fermentação dá-se em cascos de madeira.

SANGRIA TROPICAL

-Servida bem fresquinha, leva vinho tinto, limonada, sumo de laranja, açúcar, frutas cortadas em miúdo (laranja, limão, maçã e folhas de hortelã).
CORTADINHO;
-Café com vinho canteiro casquinha de limão

PÉ DE CABRA


É uma mistura de vinho seco com cerveja preta, açúcar, casquinha de limão e chocolate em pó

QUENTINHA


Café com aguardente de cana, açúcar e casquinha de limão
Estas duas últimas bebidas são servidas em especial no Inverno ou em tempo frio, nas casas de pasto hoje em dia, muitas delas substituídas por snacks.

NIKITA


Esta bebida vulgarizada na Vila de Câmara de Lobos é preparada na centrifugadora com vinho branco, gelado de baunilha, rodelas de ananás e açúcar. Junta-se uma cerveja branca no final.

PONCHA


Feita habitualmente com aguardente de cana branca, mel de cana e sumo de limão, é tomada nas manhãs de Inverno, ou na época de Natal.

O Vinho da Madeira


O Vinho da Madeira constitui um dos principais meios de riqueza da economia madeirense.O vinho foi introduzido nesta ilha por alturas do povoamento e por ordem do Infante D. Henrique. A primeira casta a ser introduzida na Madeira foi a Malvasia, vinda da ilha grega de Cândia, tendo sido a sua primeira exportação para a Europa durante o ano de 1515, destinada para França para a corte de Francisco I.Foi só no declínio do ciclo do açúcar, que se incrementou, no Séc. XVII, a sua produção, que hoje ocupa um lugar cimeiro na economia da Ilha da Madeira.O vinho Madeira ganha reputação internacional séc. XVIII e 1º quartel do séc XIX; chegando a ser “o vinho mais caro e apreciado do mundo”.Quando em 1852 e 1872 as pragas de oidim e de iloxera ameaçaram a produção vinícola, só com a importação de novas vides (enxertadas posteriormente com as castas nobres) é que foi possível evitarem o aniquilamento desta indústria.As videiras encontram no solo e no clima ameno da Madeira uma situação bastante privilegiada, conferindo-lhes assim característica bastante próprias.Embora na Madeira, existam mais de 30 castas diferentes as mais nobres são Malvasia, Verdelho, Boal e Sercial cultivadas no Sul da Ilha e no Porto Santo

Massaroco

Nome vulgar: Massaroco.
Nome científico: Echium candicans L. fil.
Família: Boraginaceae
Distribuição e Habitat: Espécie endémica da Madeira. Encontra-se nas escarpas rochosas da zona montanhosa central da Madeira e na Laurissilva em altitudes que variam entre os 800 e os 1700 m. Exemplares desta espécie podem ser observados, por exemplo, no Ribeiro Frio e em Santana.
Descrição: Arbusto que pode atingir 2 m de altura, ramificado, com folhas verde acinzentado e inflorescências densas e alongadas com tamanhos que podem ir dos 15 aos 35 cm, com flores azul escuro.
Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie não ameaçada, ao abrigo dos estatutos atribuídos à floresta Laurissilva.
Observações: Época de floração de Abril a Agosto.

Malassadas com Mel de Cana


Modo de preparar:
Juntar a farinha, o fermento com o leite e as gemas.
Juntar as claras em castelo.
Fazer pequenos bolos achatados e fritar em óleo a ferver.Serve-se com açúcar refinado e canela, ou ainda mel de cana.

Traje da ilha da Madeira




Camisa oculta pela camisola de malha de lã branca, cujo feitio segue o corte de uma camisa tradicional, decorada com motivos marítimos, bordados a ponto de cruz com fio de lã vermelho e preto. Calças de branqueta, com bolsos abertos acima dos dianteiros, pespontados a preto e vermelho; maneira e costuras laterais também pespontadas. Precinta branca ajusta o cós das calças. Na cabeça, catalão de malha vermelha com barra branca. Calça soletas de couro com rasto de pau.
·Camisa de algodão branco, quase ocultam pelo colete de berre, isto é, pano de lã vermelho, debruado a verde, com costuras pespontadas e ajustado na frente. Saia de vestir de lã branca (branqueta) com preguinhas miúdas junto à cintura e macho largo na frente; sobre a anca, arregaçando a saia, cordão policromo (listrão ou ourelo). Cruzado sobre o peito, lenço de metim (sarjinha miúda) com as pontas atadas nas costas. Na cabeça, lenço estampado cachené, trespassado na nuca; deixando cair as pontas na frente. Calça chinelos pretos de bico arrebitado. Das orelhas pendem «flores de ouro» e sobre o peito cordão com moedas e cruz.

Sonhos de Abóbora com Mel de Cana


Modo de preparar:
A abóbora coze em pouca água com um pouco de canela em pau, casca de limão e sal.
Arrefecer, escorrer a água e ralar, (tirando a canela e o limão).
Deitar a abóbora com a farinha, juntar 3 ou 4 ovos inteiros.
Levedar de um dia para o outro.
Coze no óleo às bolas feitas às colheradas.
Depois de estar na travessa, regar com mel de cana.

Poupa




•Nome vulgar: Poupa.
•Nome científico: Upupa epops epops (Linnaeus, 1758)
•Família: Upupidae
•Distribuição e Habitat: Ocorre no arquipélago da Madeira, no entanto a nidificação apenas está confirmada para a Ilha do Porto Santo. O seu habitat é, regra geral, áreas de coberto vegetal herbáceo ou arbustivo.
•Descrição: Ave inconfundível pela silhueta. Possui plumagem preta e branca nas asas. O bico é comprido e curvo e possui uma crista bastante evidente.

Sonhos com mel de cana


Modo de preparar:
A água ferve com a raspa do limão e a pitada de sal.
Logo que ferver apagar o fogão, juntar a farinha e bater fortemente.
Juntar os ovos inteiros. Cozer no óleo quente às colheradas.
Dispor numa travessa e regar com mel de cana.

Sonhos com Calda

Modo de Preparar:
A água ferve com a casca de limão e sal q.b. Logo que ferva, apagar o fogão e deita-se a farinha sempre a mexer para não encaroçar.
Ir deitando os ovos inteiros para amolecer e bater energeticamente.
Quando estiver a cozer no óleo quente, em forma de bolas, se respingar a massa, significa que está dura.


quinta-feira, 7 de maio de 2009

Espada de Escabeche


Modo de Preparar:
Fritar a espada.
Deitá-la no molho.
Está pronta a servir.
Acompanha semilhas cozidas (batatas) e salada.

Espada em Filetes com Banana Frita



Modo de preparar:

Fazer os filetes, temperar com sal, alho, sumo de limão e pimenta.
Passar na farinha, ovo e no pão ralado e fritar no óleo bem quente.
Notas:O panado para a espada pode ser substituído por dourado com farinha e ovo, ou leite, farinha e ovo.
Tirar a gordura da frigideira para fritar as bananas abertas ao meio.

Carne de Vinhos e Alhos


Modo de Preparar:
Cortar a carne aos quadrados e deitar o sal.
No dia seguinte fazer a marinada com o vinagre, alho, louro, pimenta e as ervas.
Deitar a carne e deixar marinar durante pelo menos três dias, numa púcara de barro.
Vai a fritar com a própria marinada que depois vai a acompanhar o pão que é frito na gordura da cozedura, batata-doce assada, milho frito e rodelas de laranja.
Também serve de acompanhante.
Carne de Vinho e Alhos à Moda Antiga (Caniço)
A carne de porco é posta em vinho, vinagre (metade de cada), alho, sal, louro e pimenta, pelo menos durante 3 dias.
A carne sem o molho, é colocada no tacho e vai a estrugir (fritar). Mexer sempre para não p
egar no fundo. Quando tiver bem lourinha retirar do tacho para uma travessa. Quanto tem muita carne gorda e faz muita “banha” retirar um pouco desta banha para uma taça que depois de dura é boa para barrar o pão ou para pôr nas sopas.
Depois de retirar a gordura que se vê em excesso, deita-se um pouco de água para cozer os legumes. Muita cebola, muita cenoura e muito nabo, tudo cortado às rodelas. Quando a cenoura e o nabo estiverem quase cozidos, voltar a colocar a carne no tacho, sobre os legumes, para que a carne acabe de cozer. Prova-se a ver se está bom de sal e corrige-se o sabor, se necessário. Depois deita-se água já quente, e quanto baste para molhar as fatias de pão que se pretendem servir de acordo com o número de pessoas. O pão é molhado dum lado e de outro e posto numa travessa. Se ficar molho escorre-se ou molha-se mais pão, de modo a não ficar molho. Volta-se a colocar todas as fatias de pão na panela sobre a carne e os legumes e deixa-se em lume brando mais 5/10 minutos.
Serve-se quente… É muito saboroso…